Dois dos Montes
com Estefânia Surreira e Vitor Fernandes
Dois dos Montes é um projeto nascido de duas costelas transmontanas. Nos seus espetáculos contados e cantados, os contos e lendas da tradição portuguesa são ingredientes principais, aos quais se acrescentam pitadinhas burlescas de disparate, riso e boa disposição! Uma viagem ao fantástico, onde não faltam bruxas, diabos, deuses, almas penadas, trasgos, olharapos e muitos outros seres da mitologia popular.
  • Ficha Técnica
    Seleção e adaptação dos textos e cantigas populares I Vítor Fernandes e Estefânia Surreira
    Narração e canto A Capella I Vítor Fernandes e Estefânia Surreira
    Adufe e pandeiro I Vítor Fernandes
    Shruti Box I Estefânia Surreira
    Figurinos I Oficina do Burel - Único no Momento
História de João Soldado
O espetáculo João Soldado surgiu por causa do tio Augusto.
Nas noites frias de Trás-os-Montes, ele chamava os rapazes da aldeia para o ajudarem a descascar a amêndoa e contava-lhes histórias. Uma delas era o Soldado que foi ao inferno. O meu tio Fernando era um desses rapazes e foi ele que nos contou a história, dizia que o tio Augusto demorava duas ou três horas a contá-la, porque o soldado andava pelo mundo e visitava todas as terras e via familiares de todos os que estavam a partir a amêndoa.
"Conta a história e reza a lenda que quando Deus andava pelo mundo…”
Público Geral
Duração | 60 min

Contos tradicionais portugueses
Mistérios e facécias de uma velha
“Era uma velha, tão velha que ninguém diria quantos anos tinha. Dobrada sobre o bordão, a cabeça pendia-lhe para terra como abóbora carneira do galho de uma árvore… Um dia, à boca da noite, caía o sol por detrás dos montes, a velha cismava, acocorada na soleira da porta, quando se chegou um mendigo a ela e pediu dormida.”

Entre falares e cantigas tradicionais se desenrolará o conto fantástico do escritor português Aquilino Ribeiro: "A reencarnação deliciosa". O conto é o ponto de partida para esta sessão, uma espécie de mala de viagem onírica, onde se encaixam o real e o imaginário, a transgressão e o inverosímil, onde aquilo que parece verdadeiro pode ser falso e o que parece falso pode ser verdadeiro.
Antologia do Conto Fantástico Português
Edição Afrodite | Fernando Ribeiro de Mello
Adaptação | Estefânia Surreira e Vítor Fernandes

Público adulto
Duração | 60 min

Aquilino Ribeiro
A Bela Infanta
A Bela Infanta e outros romances de cunho popular.

“Desejo fazer uma coisa útil, um livro popular; e para que o seja, torná-lo agradável quanto eu saiba e possa.” (Romanceiro, GARRETT Almeida)

A Bela Infanta é um romance tradicional, extraído do Romanceiro, coletânea do escritor português do Séc. XIX, Almeida Garrett. Os romances tradicionais, de cunho popular, originalmente divulgados em formato de “literatura de cordel”, eram poemas narrativos, caracterizados por grande intensidade dramática, que “impressionavam a imaginação do povo”. Os Dois dos Montes pretendem assim, nesta sessão, construir pontes entre o passado e o presente, através de uma ação performática, em que a palavra, ora dita, ora cantada, busca catapultar a poesia popular para um lugar de destaque mais que merecido.

O Romanceiro de Almeida Garrett
Editora | Ulisseia

Público adulto
Duração | 45 min
Almeida Garrett
Na terra dos olhapins
quem tem dois olhos é rei

Nos contos de fadas portugueses, o olharapo pertence a uma raça de gigantes que tem um grande olho na testa.

"Na terra dos olhapins quem tem dois olhos é rei" é uma sessão de contos repleta de percalços, onde seres mais ou menos grandes, mais ou menos minúsculos, com mais ou menos olhos fazem mil tropelias, se metamorfoseiam em heróis ou em pobres diabos, aparecem e desaparecem na luz ou no escuro, ao sabor das estórias que vão sendo desfiadas. De susto em susto se vai construindo esta sessão em que a única premissa é a de nos munirmos de vários olhos, os do rosto e os que estão para além do rosto, e que são os mais importantes, os da imaginação.

Público-alvo | Crianças a partir dos 6 anos e público geral
Duração | 60 min
Era uma vez um conto cOntado que alguém me cAntou
É uma sessão a duas vozes, onde se entrelaçam a narrativa e o canto, num diálogo contínuo e constante. As vozes, sendo mapa de emoções, trazem personagens transbordantes de vida, lotadas de vícios e virtudes e, por isso, humanas até ao osso. Costuram-se estórias e cantigas vindas de muito longe, dos tempos imemoriais.

Os Dois dos Montes cantam um espaço e um tempo em vias de extinção. Carregam na voz e no gesto a beleza e rudeza das suas serras. Do conto nasce o canto, do canto nasce o conto, e assim os Dois dos Montes vão tecendo narrativas profundamente enraizadas no imaginário transmontano. E, por isso, poder-se-á dizer que elas saem do lugar mais profundo de todos: o da alma.
Público-alvo | Crianças a partir dos 12 anos e público geral
Duração | 60 min